sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Cheliceriformes: Bauplan.

Figura 1 - Haplopelma lividum, Tarântula

Os Chelicerata, em conjunto com Pycnogonida, são os grupos que formam os Cheliceriformes. Habituados com a vida terrestre, cheliceriformes também possuem representantes marinhos, são extremamente diversos e bem-sucedidos, podendo ser encontrados em quase qualquer ambiente graças a modificações nos sistemas excretórios, respiratórios, mecanismo de contenção de água e estratégias alimentares.

A começar por Chelicerata, que compreendem aranhas, escorpiões, ácaros dentre outros, o diferencial do grupo formado por animais essencialmente terrestres é, inicialmente, o esquema de tagmatização corporal, formado por Prossoma e Opistossoma. Prossoma é a parte dianteira do animal, que diferente de outros grupos de Arthropoda, não possuem uma cabeça definida, mas sim segmentos fundidos protegidos por uma carapaça. Não há antenas no prossoma, mas existem as quelíceras e os, muitas vezes confundidos com um quinto par de apêndice, pedipalpos. Essas estruturas estão relacionadas a defesa, alimentação, locomoção e até cópula. Também no prossoma se encontram os quatro pares de apêndices locomotores característicos dos queliceriformes. Sua locomoção segue um padrão que varia de acordo com o animal, e nesse caso, diferente de Myriapoda, as articulações entre coxa e pleura não são móveis.O peso dos animais são distribuídos nos apêndicces em contato com o chão, durante a locomoção.

O opistossoma varia de grupo para grupo em quelicerados, podendo ser ou não dividido em duas partes, como no caso dos escorpiões: o metassoma e o mesossoma. No fim do metassoma há geralmente a presença de um télson, que pode ser o portador da glândula de veneno, que nas aranhas, por exemplo, se encontra nas quelíceras. Os apêndices no opistossoma são reduzidos, como as fiandeiras no caso dos aracnídeos, o pente dos escorpiões, ou simplesmente ausentes.

O sistema circulatório dos quelicerados seguem o plano básico de artrópodes, formandos por um coração com óstios dentro de um seio pericaárdico, que bombeia o sangue pela hemocele e banha os órgãos antes de voltar ao coração. Parte dos quelicerados, devido o tamanho muito diminuído, perderam parte do sistema circulatório. A troca de gases em Chelicerata pode variar. Em Xiphosura, essa troca se dá, devido ao seu habitat aquático, por brânquias foliáceas, enquanto nos outros membros há a realização através de pulmões foliáceos e/ou traquéias, que assim como nos outros grandes grupos de Arthropoda, se abrem em espiráculos para o exterior do corpo do animal.

Com relação a excreção, a substância expelida pelos chelicerata passa a ser o ácido úrico, xantina e guanina, como em animais terrestres, ao invés da amônia em ambientes aquáticos. É feita através de glândulas coxais e Túbulos de Malpighi.


Figura 1 - http://www.bighairyspiders.com/cobalt.shtml


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